terça-feira, 4 de setembro de 2012

PENSANDO SOBRE A VIDA E SEUS ALVOS...



OÁSIS PARA OS QUE CONSEGUIREM
PASSAR PELO DESERTO


“Cuidareis de cumprir todos os mandamentos que hoje vos ordeno, para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o Senhor prometeu sob juramento a vossos pais. Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do Senhor viverá o homem” (Deuteronômio 8.1-3).

Acho o livro de Deuteronômio fantástico, não só porque relembra ao povo tudo o que Deus já havia falado e tudo o que já havia acontecido com o povo, mas também porque este livro faz uma aplicação da lei e de tudo o que ocorrera com o povo quando peregrinavam pelo deserto.

Às vezes queremos achar que as coisas acontecem por acaso ou que não precisamos passar por certas coisas ou ainda, que podemos evitá-las. Mas, entendo que tudo o que acontece conosco tem um propósito, uma razão. Para mim, nada é por acaso, mesmo que passemos a vida inteira tentando entender certas coisas e, mesmo assim, não chegarmos a um entendimento claro sobre os fatos.

Lembro-me de um fato ocorrido a algum tempo atrás, quando o Romário ainda atuava como jogador, não sei se quando estava no Flamengo ou no Vasco, mas, certa feita, um atleta (ou um treinador), não me lembro quem, chegou para jogar no clube em que jogava o Romário e, depois de alguns desentendimentos com esse jogador, Romário lançou uma de suas frases polêmicas: “O cara chegou no ônibus agora e já quer se assentar na janela...”.

Meu propósito aqui, não é entrar no mérito da questão dos problemas de Romário com esse atleta, mas, de usar essas palavras para dizer que existe muita gente que só quer se “assentar na janela”, isto é, estar em uma posição de conforto e evidência. Mas, se esquece que, para muitos chegarem ao Oásis, precisam primeiro passar pelo deserto.

O texto de Deuteronômio citado acima parece nos mostrar justamente isso. Deus está mostrando a razão do porque de ter deixado (e até mesmo forçado) o povo passar quarenta anos andando pelo deserto. E ele diz que esse episódio deve ser constantemente recordado pelo povo. Primeiro, para que o povo se lembre de como Deus os guiou e os cuidou, depois, para que eles tenham sempre humildade para saber que precisam obedecê-lo em todos os seus mandamentos. Deus diz claramente ao povo que o deserto serviu para humilha-los, para fazê-los passar fome, apesar de sustenta-los com o maná que caía do céu, para que eles entendessem que não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.

Por isso, antes de reclamarmos da vida, das circunstancias difíceis, das humilhações que passamos, da escassez de pão e de conforto físico, ou seja, dos momentos de deserto, lembremo-nos de nos perguntar: Por quê estou passando por tudo isso? Qual o propósito de todas essas dificuldades?

E, mesmo antes de obter essas respostas, lembre-se do povo de Israel que, para chegar à terra prometida, precisou passar pelo deserto. Não estou sugerindo que todos os homens, para obter sucesso profissional ou pessoal, devem e fatalmente passarão por esses “desertos” da vida, mas estou afirmando que todos quantos estiverem passando ou que um dia passarão por esse “deserto” devem tirar lições importantíssimas e aprenderem tudo quanto vos for ensinado nesse período, para que um dia possam desfrutar do “Oásis” que vos esperam.

E, não se esqueça: não queira, logo de cara, se assentar nas “poltronas de janelas” que a vida te apresenta, pois talvez você precise passar primeiro pelos “corredores” que te ensinarão o caminho certo da sua própria cadeira de destaque. Mas, quando estiveres lá, lembre-se: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Dt 8.3; Mt 4.4).

Com amor, Rev. Luiz Ancelmo.